
Porque o cinema precisa de tecnologia e informação!
Nascimento
O sonho de gravar eventos era antigo. Contudo, ninguém havia conseguido usar a informação disponível para a aliar ao poder da tecnologia emergente que se verificava no fim do século XIX. É verdade que em 1878 (por Eadweard Muybridge) em 1888 (por Louis Le Prince) existiram uma série de tentativas em avivar o sonho. Contudo, tudo começou em 1893 com William Kennedy Laurie Dickson, funcionário da Edison Laboratories (sim, o próprio Thomas Edison) que tornou possível a captação de imagens sequenciais e em movimento em uma fita de celulóide de 35mm. Os materiais existiam. Coube a William Dickson saber como os utilizar e aplica-los ao progresso tecnológico. Resta pensar nas potencialidades que o Mundo actual apresenta e aquelas que estamos a perder, tudo porque é mais fácil pôr o conhecimento em prática do que buscar o dito em prol da sua utilização. No mesmo ano, Thomas Edison apresentou duas invenções na Chicago’s World Fair: o Kinetograph e o Kinetoscope (ver imagens infra).
Kinetograph e Kinetoscope
O primeiro é depreendido como sendo a primeira câmara transportável. O segundo pode ser considerado a primeira “sala de cinema”, embora fosse individual visto que apenas uma pessoa poderia usufruir desta máquina que continha a fita desenvolvida por Dickson e era alimentada por um motor eléctrico. A fita era potenciada por uma lâmpada incandescente e visualizada através de uma lente aumentativa. Os primeiros filmes eram coisas tão triviais como trabalhadores a sair da fábrica, partes de um combate de boxe ou acrobatas a fazer os seus truques. As fitas poderiam ser visualizadas em armazéns gigantes que davam pelo nome de Nickelodeon onde a entrada custava, precisamente, um nickel. Desde então, o sucesso estava lançado e a margem de progressão era gigante.